Plataforma da Uber ajuda em políticas de mobilidade

A Uber, sinônimo de inovação, lançou seu novo projeto, uma plataforma de compartilhamento de dados capaz de ajudar em pesquisas sobre trânsito e políticas de mobilidade, em um evento realizado no dia 24 de abril de 2019 com técnicos e pesquisadores da área de mobilidade.

Atualmente a Plataforma Uber Movement funciona em 517 áreas de 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, a primeira no país a recebê-la, e fornece o tempo médio dos percursos. Os cálculos são feitos com base nas viagens realizadas pelo aplicativo nos últimos três anos.

Qualquer um pode consultar, gratuitamente, e conferir o tempo médio de duração das viagens. Os filtros possibilitam que você compare períodos do dia, dias da semana e até datas específicas.

Todas as informações divulgadas foram obtidas por meio de dados anônimos das bilhões de viagens intermediadas pela empresa, de maneira que não é possível identificar o comportamento ou a identidade de quaisquer motoristas.

De acordo com o diretor de regulação da Uber na América Latina, Ivo Corrêa, os dados disponibilizados pelo Movement podem ser fontes de insights valiosos para gestores públicos, planejadores urbanos, pesquisadores e interessados em mobilidade.

O site também dispõe de bases agregadas para download. Assim, é possível acessar os dados de hora em hora entre os anos de 2016 e 2018. Ou podemos, então, comparar o trânsito local com o de qualquer uma das 20 cidades que estão na plataforma, como Londres, Nova York e Sidney.

A ideia é que os dados sejam atualizados com uma certa periodicidade, ou seja, poderá demorar um pouco para que os mais recentes sejam incluídos. Isso porque muitos especialistas estão contribuindo com suas próprias sugestões e a plataforma está em aprimoramento constante.

No mesmo evento em que o lançamento ocorreu, foi apresentado um estudo desenvolvido por pesquisadores da Fipe que explora as possibilidades de pesquisa com os dados da Uber Movement. Foi criado um indicador que acompanha a evolução dos congestionamentos em toda a Grande São Paulo.

Coordenada pelo professor titular do Departamento de Economia da FEA/USP Eduardo Haddad, a pesquisa analisou um total de 26,3 mil horas de trânsito desde o ano de 2016 e identificou uma redução de 39,6% para 31,4% de 2016 até 2018.

Para Haddad, o resultado é útil para analisar e entender diversas questões que, de alguma forma, estão ligadas aos congestionamentos urbanos.

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