O que podemos aprender com as campanhas de Clinton e Trump nas redes sociais
As redes sociais são muito presentes hoje na vida das pessoas, tão presentes ou mais do que outras mídias mais tradicionais. O papel das redes sociais na corrida pela presidência dos Estados Unidos da América pode ser analisada como um poderoso aliado na comunicação dos candidatos ou da oposição. A facilidade de uso e a onipresença das redes sociais, por estarem disponíveis em qualquer Smartphone, as tornam muito poderosas.
A eleição
A eleição norte americana desse ano foi a primeira com uma real participação das redes sociais. A disputa foi bastante polarizada e o resultado dessa intervenção foi um pouco controverso para o Facebook e o Twitter. Essas foram duas redes cruciais para construir uma percepção nos eleitores sobre a política americana e os candidatos que tentavam chegar à presidência, o republicano Donald Trump e a democrata Hilary Clinton. Números apontam que de cada cinco usuários das redes, um mudou de opinião política por uma publicação das redes sociais, a pesquisa foi realizada pelo Pew Research e publicada em Outubro, um mês antes do resultado que faria de Donald Trump, uma figura bastante forte e controversa, dito racista e extremista pela mídia, o novo presidente dos Estados Unidos.
Trump
Explorou o twitter como principal plataforma de comunicação da sua campanha para tentar fugir da mídia tradicional que dia após dia expunha seus comentários mais cabeludos para a população e tentava desvendar toda sua história e trajetória. O Facebook trouxe novas fontes de informações que também fogem da mídia tradicional, com perspectivas diferentes, e muitas vezes até falsas, e esse é a principal desvantagem das redes: em quem e no que acreditar?
Até Barack Obama publicou sua preocupação com as informações que são encontradas online dizendo que enquanto elas estiverem em redes sociais, como o Facebook, as pessoas vão acreditar – e esse tipo de informação gera vários absurdos. Por meio de um porta-voz, o twitter se manifestou também dizendo que transformar as redes em um bode expiatório ignora o protagonismo dos candidatos, dos eleitores e dos jornalistas em um processo democrático.
Hilary
Clinton resolveu seguir os passos de Barack Obama e adotou estratégias que visaram englobar mais do que a comunicação tradicional, a democrata possui contas em diversas redes sociais fazendo campanhas diferentes, como usar o Pinterest para abordar temas diversos, com fotos de mulheres inspiradoras e propaganda de itens de sua campanha. No spotify, a candidata possui mais de dois mil seguidores e aposta em músicas com letras inspiradoras que falam sobre força feminina e direitos humanos.
Donald Trump juntou todas suas forças no twitter, publicando muitas polêmicas com um tom de voz provocador e até mesmo engraçado, mas na maioria das vezes seus tweets de mau gosto são muito mais compartilhados e vistos pelo mundo, e isso é uma das coisas que a internet pode fazer por você, te dar uma visibilidade mesmo que negativa, como no caso de Trump, que talvez dê certo, como deu.
O que podemos aprender com tudo isso? Os eleitores mudaram, a geração que vota hoje é muito mais tecnológica do que era antigamente e as estratégias de campanha precisam acompanhar essas mudanças, caso contrário seu nome não estará presente onde todos os seus eleitores estão.
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